Palestrante: RH Jr.
Responsável: Letícia Capistrano Campos
Onde foi ministrado: Fundação João Pinheiro
Tipo de Demanda: Reativa
Data: 17/03/2011
A RH Jr.
A RH Jr. é uma empresa júnior do curso de psicologia da UFMG. É um ambiente que se pode desenvolver o lado organizacional, pautado em princípios éticos e na valorização do ser humano. Isso porque a empresa gerencia os seres humanos e estes devem ser tratados como um valor máximo.
Espera ser reconhecida na psicologia como um ambiente significativo. É uma empresa que tem certa tradição do MEJ e pretende melhorar os serviços para que se desenvolvam dentro de micro e pequenas empresas.
Seus valores são: Ética (trabalham com pessoas e, portanto, a ética é a base de tudo); compromisso com a excelência (fazer com que o trabalho seja de qualidade); comprometimento (dos alunos para com a empresa e com os clientes); valorização do ser humano; valorização pessoal e profissional.
O que é Feedback?
Feedback é a capacidade de dar e receber opiniões, críticas e sugestões sobre alguma coisa pessoal ou profissional. Capacidade, nesse caso, é algo que a pessoa pode ser desenvolvida e, portanto, capacitada. O Feedback é uma ferramenta muito importante na motivação das pessoas.
Para que serve?
Serve para reforçar comportamentos desejáveis (quer que continue as práticas já desenvolvidas); ressalta as dissonâncias entre o resultado pretendido e o real (a forma como estou trabalhando irei conseguir chegar ao meu objetivo final?); apontar os comportamentos adequados; corrigir erros (críticas construtivas); mostrar como o indivíduo pode melhorar (incentivo à pessoa); motivar a repetição do acerto (o feedback reflete diretamente no clima organizacional e nas possibilidades de acerto); melhorar a auto-percepção do indivíduo (na maioria das vezes as pessoas não notam os erros e acertos).
A partir do momento que se aplica o feedback, está se intervindo. O Feedback constrói um ambiente melhor na empresa. O relacionamento profissional começa a fluir com sua aplicação.
A reação emocional
As fases da reação emocional devem ser:
• Observação.
• Reação Emocional (o que o feedback causou em mim).
• Julgamento. Julgar se a questão é profissional, pessoal, etc. Pensar antes de falar, no que vai falar, se vale a pena falar.
• Intervenção. Na maioria das vezes, as pessoas não passa pelo julgamento e passa direto para a intervenção. Isso faz mal para o relacionamento profissional.
Observação: nós observamos as situações de acordo com fatos que já aconteceram conosco no passado. Temos que ter em mente que cada pessoa que estamos avaliando é uma pessoa diferente. Além disso, temos de ter em mente que a cultura da empresa que estamos inseridos é distinta da cultura individual (Ontogênica). Aqui vê-se a necessidade de autoconhecimento.
Julgamento: planejar como vai ser dado o feedback, de que forma, em qual momento. Se os dados forem dotados de emoção, etc., provavelmente o feedback será errado.
Reação Emocional: Agir com razão e não com emoção.
Intervenção: deve ser feita SOMENTE após o julgamento prévio para evitar que o feedback seja equivocado.
Os cuidados
O mesmo comportamento em diferentes culturas organizacionais tem significados diferentes. Temos de ter consciência dos nossos mecanismos de defesa. É saber separar o que achamos que está errado e o que realmente está errado. Quando convivemos muito tempo com a pessoa, temos a impressão de que sabemos tudo que ela vai fazer dali pra frente (isso não é verdade).
Onde atua o feedback
O feedback entra na parte “Cego” do quadro de Luft e Ingham. O feedback serve para diminuir a área “Cego” e aumentar a área “Pública”. O feedback aumenta nossa autoconsciência e é a oportunidade que se tem de saber o que os outros pensam de nós. Um ambiente sem feedback gera incerteza, a pessoa não sabe se encaixa no perfil da empresa, distancia dos objetivos propostos. Não dar feedback pode gerar incerteza ou falsa impressão de se estar fazendo um ótimo trabalho.
Tipos
• Positivo.
• Corretivo.
• Insignificante (gera incerteza nas pessoas)
• Ofensivo (situação de raiva)
• Inadequado (baseado no que não pode ser mudado – letra, voz, etc.)
• Silencioso (ex.: desprezar as pessoas, não olhar para o outro)
O bom feedback
O bom feedback deve ser:
• Neutro (o feedback não é um juízo de valor, ele deve ser descritivo e não avaliativo).
• Específico e personalizado (descrever exatamente o que se trata a crítica ou elogio – frase do parágrafo do relatório).
• Aplicável (aplicado para atitudes modificáveis).
• Oportuno (evitar dar feedback na frente de outras pessoas, quando a pessoa está triste, ocupada, nervosa, com problemas).
• Deve avaliar o comportamento e não a pessoa.
• Direto (sem porta-vozes).
• Coerente (tratamento igualitário).
• Justo (avaliar criticamente antes).
• Objetivo ou assertivo (clareza na mensagem e no fim ter uma sugestão – dar exemplos).
• Simples (não buscar causas e não procurar interpretar demais).
• Dirigido ao comportamento e não a personalidade.
• Solicitado (ele é sempre solicitado).
Técnicas
As técnicas são subsídios para criar o ato de dar feedback. São elas:
• Sanduíche: crítica entre dois elogios. O último elogio deve ser acreditando na pessoa para os atos no futuro.
• 3x1: três elogios e uma crítica (que sejam do mesmo assunto e não ser tão falso).
A recepção de um Feedback
Deve-se evitar ficar na defensiva, evitar as “desculpas”, evitar ficar com raiva, chorar, etc., não ser negligente (entrar num ouvido e sair no outro), evitar fofocas e mágoas com relação ao feedback e a pessoa que o passou.
Modelo BIO
Feedback objetivo e específico; focar no comportamento como foi observado, não em personalidade; explicar como o comportamento afeta; descrever o impacto que aquilo teve em você; propor algumas maneiras de reparar e melhorar as ações no futuro.